Cleide Muniz
Quando volto, Henrique está ajudando Augusto a se deitar.
— Ele é bonitão, hein, dona Cleide? Pelo amor de Deus, não façam barulho e estraguem minha inocência. — O safado sai correndo quando jogo a escova de cabelo nele, acertando o abajur.
— Vem deitar, Cleide — Augusto diz, já largado na cama.
— Vou tomar um banho. Pode dormir aí. — Vou para o banheiro e deixo a porta entreaberta.
Tiro a roupa e ligo o chuveiro bem gelado para espantar o álcool. Encosto a testa no azulejo e deixo a água cair. De repente, sinto uma mão no meu corpo. Fico tensa e coloco a minha sobre a dele.
— Augusto, acho que não deveríamos… estamos bêbados. E… faz muitos anos que não tenho um homem. — Ele afasta meus cabelos do pescoço e acabo cedendo ao beijo.
Sua respiração é pesada, carregada de tesão. Sinto sua ereção pressionando minhas costas.
— Tem certeza de que quer ir dormir sem ter uma noite magnífica comigo? Não deixe para amanhã o que podemos ter agora. — Meu corpo esquenta, sinto-me molha