Hope de Luca
Fecho os olhos, recordando novamente da dor que senti depois daquele ensaio de balé. A única coisa que sei é que nós quatro estávamos bem fudidos emocionalmente. Talvez seja necessária uma terapia em grupo para tentar superar as merdas que passamos.
TOC, TOC, TOC
— Hope sai daí — ouço a minha mãe chamando.
Levanto-me às pressas e vou até a porta para falar com a minha mão, olho para o Gui que ainda estava deitado, agora com os braços atrás de sua cabeça e com um sorriso sacana. Graças a Allah não havia retirado a minha roupa. Abro a porta e vejo minha mãe com um sorriso e aponta para a minha sala.
Pela soleira da porta, vejo para onde ela apontou e olho o meu pai indo em direção ao aparador de bebidas que precisei ter no apartamento apenas por conta de Guilherme que gosta de beber.
Confirmo com a cabeça e volto para o quarto, fechando a porta. Dessa vez, começo a retirar a minha roupa ali mesmo na frente de Guilherme que nem se mexe, ele volta a olhar para o teto com certe