Carolina Alcântara
Passamos a semana tentando nos adaptar com uma recém-nascida em casa. Estou em um turbilhão de sentimentos. Há horas em que meu amor pela minha pequena é contagiante, mas quando estou tentando amamentar e ela chora desesperadamente, fico sem saber o que fazer. Minha vontade é entregá-la para o Bruno, sair de casa sem rumo para esfriar a cabeça e centralizar meus pensamentos. Estou cada dia mais, irritada e frustrada com tudo. Não estou lidando bem com isso.
Hoje temos uma consulta com a pediatra e meu retorno com o obstetra. Vou pedir que ele me indique um psiquiatra. É preciso pensar que psiquiatria e psicólogo não servem apenas para pessoas com distúrbios mentais, ou, como dizem popularmente, para “doidos”. Odeio esse termo.
— Minha Deusa, o Alex está aqui para se despedir de você e da Laís.
Estava em pé, olhando Laís dormir e pensando, sem perceber, a entrada do Bruno. Sei o quanto ele está preocupado e receoso com o que tenho sentido. Ele me abraça e eu solto um