CAPÍTULO 11

Bella

Papai enlouqueceu de vez, acha que ele quer se livrar de nós, ou deve essas pessoas e está nos usando como moeda de troca.

- Gleice e agora o que faremos? Quando seu noivo volta?

Gleice- Daqui uma semana, e Bela eu também estou com medo mas não posso permitir que outras pessoas traçam meu caminho, morrerei lutando se necessário.

Naquela noite eu mal consegui dormir pensando o que será de mim, e a cada dia eu pego mais ranço de Victor Hugo, até o seu nome me causa revolta, e já sei que papai não vai me ouvir é preciso aprender a me cuidar sozinha.

   Na manhã seguinte escutei o sr Elton saindo antes mesmo do café, eu um enjoo se formou não acredito que estou passando por isso. É comum  casamentos arranjados em nosso meio, sempre teve seus problemas mas nada sério, hoje em dia ouvimos falar de maridos que matam as esposas para se casar com as mais jovens. As histórias que eu conheço não me encoraja a dar um passo tão grande.

Gleice se mostrava forte a todo instante mas eu sabia que ela rezava e chorava para tudo dar certo, eu sempre fui otimista mas ultimamente as esperanças está se esgotando.

Fui trabalhar e acabei de entregar minhas encomendas, andei pela estrada afora rumo a Colina, era muito bonita as árvores formavam um arco, em algumas havia flores em outras frutas silvestres, o sol passava pelas frestas do topo das àrvores, a imagem era linda para se eternizar em memórias. Me sentei em uma pedra no meio do argusto próximo à estrada,  porém invisível para olhares que não sabem apreciar uma imagem dessas. Se é perigoso? é , mas eu sei correr bem e outra eu preciso ter um momento e tranquilidade. Olhando a natureza, os pássaros, a liberdade deles, viajei em um mundo diferente do que vivo.

  Fui despertada com grito e barulho de galhos sendo quebrados, era dia ainda não imaginei que o monstro da Colina atacaria em plena luz do dia. Encolhida em meio ao arbusto controlando a respiração para não dar um surto por alguns minutos que mais parecia horas eu fiquei agachada, nada se eu via, quando pensei 'eu vou embora a barra deve estar limpa' escutei um grito.

- Não !!!! por favor, Clemência!!!

E depois bum... bum.. eu conhecia aquele som, era de tiro, um monstro não precisa de arma.

Ouvi barulho de Galhos parecia que arrastava algo ou melhor alguém, "meu Deus sou testemunha de um assassinato agora sou um alvo, Se bem que ele não me viu" mas meu pequeno corpo estava cansado dessa posição. Esperei pacientemente, não ouvi mais barulho espiei pela fresta do arbusto, e  não vi nada, por precaução esperei mais um pouco, antes de sair de meu esconderijo, já estava escurecendo em passos rápidos segui meu caminho, pude ouvir um gemido, o certo era correr rápido para casa, mas minha curiosidade me fez olhar quem era, e me surpreendi vendo amigo de Vitor, tão nojento quanto ele, sangrava como um porco, a imagem era assustadora havia muito sangue em suas calças e na barriga, seu olhar veio de encontro ao meu, aquela imagem ficaria em minha memória.

Cheguei em casa ofegante, preocupada E se alguém  me viu? A visto Gleice que bordava uma toalhinha escrito.

"ÓDIO."

Gleice- O que foi Bela ?você está branca.

- Eu vi o monstro da Colina, ou melhor ouvir .

Contei toda a história, e ao contrário do que pensei Gleice achou hilária.

Gleice - Não acredito que você viu um homem morto é aquele desgraçado que arruinou a vida de Maria Isabel não é?

- Como você sabe ? a olhei desconfiada.

Gleice- Uai e você não disse que o homem estava irreconhecível cheio de sangue.

- Não mude de assunto

Gleice- Vamos falar de algo sério agora eu preciso voltar ao bar e me encontrar com Heitor

- Está louca? eu quase morri e você quase foi pega, eu sou muito nova para morrer assim, se controle no momento certo ele virá te encontrar, talvez quando for anunciado o casamento ele irá vir ao nosso encontro, eu também quero fugir daqui, mas agora eu sei que até de dia corremos perigo passando pela Colina sozinhas,  me escute  apenas uma vez, se ele não entrar em contato, eu deixo você atrás dele.

Gleice - Desde quando você deixa ou deixa de deixar, eu sou mais a velha pirralha.

Revirei os olhos,  quando menor sempre me chamava assim, Gleice sempre foi forte,  temperamento esse que deixava mamãe de cabelo em pé, e papai nervoso. Eu acho que em outra vida Gleice era homem kkk..

Fomos dormir, amanhã será um novo dia.

⭐⭐⭐ não esquecem de votar isso me incentiva Beijinhos e até a próxima.

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