Na manhã seguinte, o som do celular de Isabela vibrou incessantemente sobre o criado-mudo. Ela abriu os olhos devagar, ainda sonolenta, enroscada nos lençóis e com a lembrança quente da noite anterior pulsando no corpo. Leonardo já não estava ali — o travesseiro ao lado ainda guardava seu perfume amadeirado.
Ela pegou o celular, piscando diante da luz da tela. Uma série de chamadas perdidas e uma mensagem com um número desconhecido a fez franzir o cenho.
“Nos encontramos no Café do Lago às 10h. Sozinha. Leve o pen drive.”
Isabela sentiu o coração acelerar. Quem seria? E como sabiam do pen drive?
Vestiu-se rapidamente, optando por algo discreto: jeans escuros, uma camiseta branca básica e um blazer cinza. Prendeu o cabelo em um coque bagunçado e passou um batom claro para disfarçar o rosto cansado. Desceu até o saguão, onde Leonardo tomava café e lia o jornal como se fosse um cidadão comum — o que claramente não era.
— Bom dia, meu amor — ele disse ao vê-la, sorrindo. — Dormiu bem?
— D