O silêncio na sala se tornou insuportável.
O telefone ainda estava na mão de Isabela, como se o peso daquelas palavras de Ricardo tivesse se impregnado no aparelho. Era como se a ligação tivesse deixado um rastro invisível de medo pairando no ar.
Leonardo se levantou abruptamente e começou a andar de um lado para o outro, os passos ecoando pelo piso de madeira da sala.
— Isso não faz sentido. — ele disse, quase para si mesmo. — Ele não pode estar fazendo ligações de dentro da prisão sem ajuda.
Isabela engoliu em seco, tentando ignorar a sensação de que algo muito errado estava acontecendo.
— Então, isso significa que ele tem um cúmplice. — ela murmurou, mais para confirmar o pensamento do que como uma dúvida.
Leonardo parou e olhou para ela, os olhos escuros carregados de preocupação.
— Alguém poderoso o bastante para garantir que ele tenha privilégios. Alguém que pode estar mais perto do que imaginamos.
Um arrepio percorreu a espinha de Isabela. Ela abraçou os próprios braços, tentan