O ar parecia congelar ao redor deles.
Ricardo Vasconcellos deu um passo à frente, saindo das sombras da floresta. Seu terno escuro contrastava com o ambiente rústico, como se ele não pertencesse àquele lugar. Mas os olhos… aqueles olhos frios e calculistas pertenciam a qualquer cenário onde o poder pudesse ser exercido.
Leonardo instintivamente se colocou na frente de Isabela.
— Acabou a brincadeira, Leonardo. — Ricardo sorriu de canto, mas seus olhos não mostravam traço algum de humor. — Eu avisei que você não deveria voltar.
Leonardo cerrou os punhos.
— E eu avisei que nunca mais me meteria nos seus negócios. Então por que me perseguir?
Ricardo inclinou a cabeça, estudando-o como se fosse um inseto sob um microscópio.
— Porque você trouxe ela. — Ele apontou o olhar para Isabela.
O coração de Isabela disparou.
— O que eu tenho a ver com isso? — Sua voz soou mais firme do que ela esperava.
Ricardo riu baixo.
— Ah, minha querida… tem tudo a ver.
O silêncio que se seguiu foi insuportáve