O sábado amanheceu quente, iluminado por um céu limpo e sem pressa. Ema acordou com a mente saturada — a semana havia sido um turbilhão de decisões, provocações corporativas, almoços tensos e reuniões onde cada palavra parecia ser uma armadilha. Ela abriu as cortinas do apartamento e deixou que a luz invadisse o espaço silencioso.
— Chega de papéis e formalidades — murmurou, pegando o celular.
A mensagem para Lisa foi direta:
> “Shopping? Preciso ver gente, rir e talvez comprar alguma coisa que não seja só blazer.”
A resposta veio em segundos:
> “Se você quiser rir, tá falando com a pessoa certa. Te pego em 30 minutos.”
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O shopping mais badalado de Mali Beach era um refúgio de ar-condicionado, cheiro de perfume caro e vitrines que contavam histórias. Lisa entrou no estacionamento como se fosse dona do lugar, com seus óculos gigantes e batom vermelho impecável. Ema, por outro lado, optou por algo mais discreto: calça jeans, camiseta branca e cabelos presos num coque despretensioso.