108. A CURA É REAL
VALERIA
— Lamento muito, parece que... tive um sonho — disse, envergonhada, enquanto limpava as lágrimas com a manga do vestido e me levantava da cadeira de balanço.
— Um sonho? — Alondra me olhou com incredulidade, segurando um pequeno frasco na mão. — Muito estranho, porque aqui dentro do meu espaço não é possível sonhar.
— O quê? Mas eu...
— Aqui está o remédio para sua amiga. Ele vai apenas mantê-la estável por um tempo, mas, princesa, a cura para essa híbrida está nas mãos de seu companheiro — interrompeu minhas palavras confusas e explicou:
— Quando ela receber a mordida de seu mate, seja um vampiro ou um lobisomem, o equilíbrio será restaurado.
Fiquei surpresa ao saber que a cura de Celine nem sequer estava em minhas mãos. Encontrar o mate dela parecia ainda mais complicado.
— Eu... não quero abusar de sua generosidade. Na verdade, não tenho como pagar, mas havia uma criança, ele parecia estar morrendo. A senhora poderia me dar algo para ajudá-lo também? — pedi, envergonhada, m