As palavras dela me atingiram como balas de prata cravadas no coração, enquanto cada sílaba perfurava como uma adaga que se retorcia em meu peito.
— Você não está falando sério. — Sussurrei, recusando-me a acreditar.
— Estou, sim. — Afirmou com firmeza. — Me deixe em paz e pare de me importunar.
Ainda assim, me recusei a desistir, apertando-a contra mim com mais força e pressionando os lábios no topo de sua cabeça.
Foi então que notei algo que me chocou profundamente: mechas prateadas atravessavam seus cabelos castanhos.
Diante disso, o ar me faltou de imediato, já que cabelos prateados eram um sinal de luto profundo entre lobisomens, uma manifestação física de dor insuportável.
— Seu cabelo… — Murmurei, horrorizado.
Aproveitando-se do momento do meu choque, Olivia me empurrou com uma força inesperada, e eu cambaleei para trás, quase perdendo o equilíbrio por causa da perna ferida.
Em seguida, ela levou a mão ao cabelo instintivamente, mas permaneceu em silêncio e, sem dizer mais nada,