Meu coração se partiu com aquelas palavras, porque Victoria a havia ensinado bem, transformando nossa filha em um escudo emocional. Por dez anos, eu deixei que aquilo acontecesse, tentando me convencer de que era melhor para Emma ter ambos os pais por perto, mas no fundo eu sabia que tinha sido um tolo.
— Emma… — Murmurei com delicadeza, afastando-me apenas o suficiente para encará-la nos olhos, tão idênticos aos meus. — Sua mãe está manipulando você… Usando-a para se proteger.
O lábio inferior de Emma tremeu.
— Mas ela disse...
— Eu sei o que ela disse. — Interrompi, passando a mão por seu cabelo com ternura, tentando acalmá-la. — Mas pessoas que de fato te amam não te pedem para se machucar e muito menos dizem que vão se ferir para obter o que querem.
A voz de Victoria cortou o momento como uma lâmina afiada.
— Connor, não ouse colocar minha filha contra mim!
Ignorei-a completamente e voltei toda a atenção para Emma.
— O seu tornozelo está doendo muito?
Emma assentiu, enquanto as lág