Ela sentiu coisas que não queria; o corpo reagiu ao estímulo novamente. Pelo menos no escuro, ele não percebeu.
Ele se afastou e perguntou se ela ia ficar bem.
— Sim — respondeu, segurando o macacão com a mão sobre os seios.
— Entra, eu fico no portão olhando — disse ele.
Confusa com ela mesma, ela pediu:
— Vem abrir a porta pra mim? Por favor?
Ele fechou o portão e entrou com ela. Ambos em silêncio, o clima era evidente. Quando chegaram à porta, ela acendeu a luz. Ele devolveu a bolsa dela e falou sério:
— Posso te fazer uma pergunta um pouco chata?
— Pode — disse, curiosa, parada no degrau da porta, de frente pra ele.
— Você não se lembrou de nada ainda, né?
— Não — respondeu.
— E tem se esquecido muito do que acontece?
— Não muito, só coisas mínimas. Onde você quer chegar? — perguntou.
— Você simplesmente parou de falar comigo há dias. Pensei que talvez tivesse esquecido das nossas últimas conversas.
— Não esqueci — respondeu ela. — E por que você mesmo não mandou nada, se queria c