Capítulo 11

Ela sentiu coisas que não queria; o corpo reagiu ao estímulo novamente. Pelo menos no escuro, ele não percebeu.

Ele se afastou e perguntou se ela ia ficar bem.

— Sim — respondeu, segurando o macacão com a mão sobre os seios.

— Entra, eu fico no portão olhando — disse ele.

Confusa com ela mesma, ela pediu:

— Vem abrir a porta pra mim? Por favor?

Ele fechou o portão e entrou com ela. Ambos em silêncio, o clima era evidente. Quando chegaram à porta, ela acendeu a luz. Ele devolveu a bolsa dela e falou sério:

— Posso te fazer uma pergunta um pouco chata?

— Pode — disse, curiosa, parada no degrau da porta, de frente pra ele.

— Você não se lembrou de nada ainda, né?

— Não — respondeu.

— E tem se esquecido muito do que acontece?

— Não muito, só coisas mínimas. Onde você quer chegar? — perguntou.

— Você simplesmente parou de falar comigo há dias. Pensei que talvez tivesse esquecido das nossas últimas conversas.

— Não esqueci — respondeu ela. — E por que você mesmo não mandou nada, se queria c
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