MADISSON
O ginásio estava sufocante, e não era só pelo cheiro de spray de cabelo.
Eu sentia o sangue ferver nas veias, cada músculo pedindo para que eu desse o soco que ela merecia. As meninas me seguravam, e eu mal ouvia a técnica gritar meu nome. Harper, claro, mantinha a carinha de santa, como se não tivesse acabado de sussurrar no meu ouvido que foi ela quem espalhou aquelas porcarias sobre mim.
E insinuando que Kael tinha sido a fonte.
A técnica olhou de mim para ela, e adivinha? Harper saiu ilesa.
— Madisson, mais uma dessas e eu chamo seus pais. — A voz cortou o ar.
Eu ri, mas era um riso sem graça, mais um aviso de que, se eu abrisse a boca, ia piorar. Então virei e saí. Melhor fugir antes que eu fizesse algo definitivo e me arrependesse.
O corredor estava vazio, e eu só queria enfiar a cabeça num balde de gelo, mas o destino tinha outros planos.
Kael.
Ele chamou meu nome e dobrei na outra direção, eu não queria olhar para ele agora.
— Ei!
— Pare de me seguir.
— O que aconte