MADISSON

O barulho de cadeiras arrastando e vozes apressadas se dissolveu no fundo da minha mente enquanto eu terminava de copiar as últimas anotações da aula anterior. A brisa suave da manhã entrava pela janela aberta, trazendo o cheiro de grama recém-cortada misturado ao perfume doce de alguma garota do outro lado da sala.

— Você ouviu? — sussurrou Nina, minha colega de mesa, com os olhos arregalados. — O novo professor de Literatura é jovem. E gato. Tipo, realmente gato.

Arqueei uma sobrancelha, finalmente levantando os olhos do caderno. — Outro substituto?

— Não qualquer substituto. Ele é... ugh, você vai ver — Nina suspirou dramaticamente e contive a vontade de revirar os olhos.

Foi então que a porta se abriu.

Meu cérebro congelou por um segundo.

Pisquei sem acreditar. Ele era a última pessoa que eu imaginaria como professor substituto. Quer dizer, ele tinha toda a vibe intelectual pairando, mas não um professor. O meu professor.

Nina agarrou meu braço e soltou um gritinho empolg