KAEL
Minhas mãos tremem ligeiramente, minha respiração está pesada, mas não vou recuar. Levo a boca até a marca dele e sinto o gosto metálico do sangue, um lembrete de que ele esteve aqui, tocando o que agora me pertence. Inclino a cabeça e, sem pensar, lambo a ferida, sentindo o gosto metálico do sangue, misturado com o cheiro dela. Ela estremece, um arrepio correndo da nuca até a coluna, e meus dedos seguram firme o rosto dela. Respiro fundo, prendendo a minha raiva e meu desejo, e começo a cobrir a ferida com a minha própria marca, lenta, calculada.
Ela fecha os olhos, um arrepio correndo pelo corpo dela, e eu posso ouvir o coração acelerado, batendo em sintonia com o meu.
— Kael… — sua voz é apenas um sussurro, mas carregada de necessidade e medo.
Seguro seu rosto entre as mãos, os polegares acariciando a pele ainda sensível, e deixo meu instinto falar mais alto.
— Vai ficar tudo bem — murmuro, quase para mim mesmo.
O calor do meu corpo se mistura ao dela, e por um instante, tudo