Capítulo 27
O príncipe Adormecido
Quando a porta se fechou, Isadora ficou de pé por alguns segundos, imóvel, então as lágrimas romperam. Chorou em silêncio, mais de medo do que de tristeza: medo de não ser suficiente para o homem que a tratava como um tesouro valioso.
Ao nascer do sol, as servas abriram as janelas altas. A luz dourada entrou como bênção. O quarto se encheu de murmúrios suaves, bandejas de prata com frutas, tâmaras e café árabe. Logo depois, Davna surgiu, pontual, elegante, com um bloco de anotações em couro.
— Hoje começamos. — Sua voz era límpida, a autoridade envolta em perfume de jasmim. — Prova de vestido, jóias, véu… e seu curso intensivo sobre o casamento. Venha.
Conduziu-a por corredores revestidos de mosaicos até uma sala com espelhos altos, manequins e caixas de jóias. No centro, repousava o vestido: seda marfim bordada em fios de ouro, desenhos geométricos finos e um véu em camadas, salpicado por cristais minúsculos como orvalho.
As costureiras ajustaram o