Retornar para casa depois de um dia desastroso, nunca pareceu tão difícil para Eliza quanto naquela noite. Saber que na manhã seguinte sua rotina seria alterada pelo fantasma do desemprego a assombrando, era assustador e ela já não tinha certeza de nada. A única coisa certa na vida dela era que ela estava sem rumo, sem chão e à mercê da boa disponibilidade de Giulio para ajudá-la — o que também era decepcionante, pois nada que vinha de Giulio era de graça; tudo era meticulosamente calculado e cobrado no devido tempo.
Admitir que caíra nas armações de sua adversária, a fazia sentir-se péssima, pois ela era o próprio reflexo da inteligência de Beatrice na hora de cobrar-lhe o preço por ter ousado apaixonar-se por Giulio.
Depois de todo o caso passado, Eliza se maldizia por sua incapacidade de ver além das intenções de Beatrice. Todo aquele teatrinho foi minuciosamente planejado. As provocações e as insinuações faziam parte da cena e ela, com sua capacidade exacerbada de ver bondade on