As dicas de Dylan para a sua primeira festa importante naquela casa, lhe caíram como uma luva. Apesar de escutar tudo com o mínimo do mínimo de atenção segurou seus pensamentos e os desejos que nasceram naquela noite por conta de uma cena que jamais seria esquecida. No topo na escada, ela viu seu namorado lhe esperando, e por alguns segundos, quase se esquece do mundo ao vê-lo sorrir em sua direção. Ronny era alto com os cabelos caindo ao redor de seu pescoço, os ombros largos, o peitoral definido. E o seu sorriso? Ah, o sorriso era de um garoto inocente chegando agora na vida das pessoas. Lindo demais para aquela festa. Assim que parou ao seu lado, o sorriso dele cresceu, os olhos estavam brilhando em sua direção, e nem ela sabia o motivo. Bom, não sabia ainda, pois na visão de Ronny, o cabelo bem feito e maquiagem leve, sempre fizeram parte da vida de Clarisse, mas aquele vestido brilhoso decorando seu corpo, modelando suas curvas e os seios... Ah, aquilo sim era novidade e essa nov
Ser a secretaria de um homem como Vicent Tornneght era um trabalho em tempo integral. Um trabalho que nada podia sair do lugar ou se igualar a qualquer outro. Cuidava de seus afazeres dentro da empresa e fora dela também, com seus romances, presentes para namoradas, amantes e todas as garotas a qual ele achava que serviria para uma ou duas noites antes de enjoar e mandar bloquear em todos os lugares.Dylan conhecia seu chefe como a palma de sua mão, mas não o suficiente para acreditar no olhar que ele lançava a namorada de seu filho como se estivesse prestes a avançar contra a menina e lhe comer no meio do salão. Poderia está errada? Claro que sim. Vicent adorava o filho para fazer aquele tipo de coisa… Mas e Clarisse? Ela gostava mesmo de Ronny?Não duvidava das escolhas de Ronny e do amor dele, e antes de ambos sorrirem um para o outro daquele jeito tão íntimo, acreditava que a querida Clarisse também sentisse todo o amor e carinho pelo namorado. Não. Claro que não! Aquilo era coisa
Aquela manhã parecia mais fria que a noite anterior.Depois de passar o final de semana inteiro na casa dos Tornneght, sendo admirada e cuidada por todos daquela mansão, Clarisse finalmente acordou em sua cama depois de numa noite incrível de sono. Seus olhos focaram no teto do quarto como se fosse à única coisa do universo. E por um momento, achou que deveria ter sido mesmo. O final de semana na casa do namorado ao lado de Ronny e Vicent Tornneght foi intensamente bom, pelo menos em alguns momentos… Tipo a festa e toda aquela cena.A cena incrível que estudou e gravou na mente de Vicent comendo aquela mulher jamais sairia da sua mente. Não era como se quisesse estar no lugar daquela modelo linda, mas os gritos dela, o gemido dela, e toda aquela euforia na esperança de gozar mais vezes ao rebolar naquele pau. Mas não podia fazer algo assim. Ronny era uma pessoa incrível demais para ser traído, já bastou toda aquela pegação enquanto provava os vestidos, então não, não podia.Depois de
— Quero me casar com ela - Vicent se surpreendeu. Dylan já tinha dito alguma coisa daquele tipo? Se não tinha, errou em não avisar. Sorriu de lado voltando ao seu computador. — Eu sei que você não gosta muito dela. E que talvez eu pensar em casamento nesse momento da minha vida parece meio estranho. Eu sou novo e não poderia pensar nisso, mas eu quero. Eu gosto dela. E ela gosta de mim também. — Só gostar de uma pessoa não faz dela a certa para um casamento. Precisa ter muita coisa, e você é muito novo para esse tipo de… Prisão. — Casamento não é uma prisão. - Vicent apenas sorriu como se aquilo fosse a melhor piada da sua vida. — Tá. Tudo bem, você não aceita um casamento com ela, mas pelo menos pode aceita-la na casa de praia. — Quando você se formar na faculdade e ainda achar que casar com Clarisse é uma boa ideia, eu posso dar a minha benção. E podemos sim ir para a praia no ano novo. — Você pode levar sua namorada modelo. Seremos dois casais - Vicent concordou sorrindo. Enga
Os óculos escuros escondiam os olhos verdes que seguiam com atenção até o elevador. O cabelo longo jogando para trás cobrindo as costas nuas da camisa de seda junto a calça lhe passava a aparência de uma mulher mais velha, elegante e destemida.Respirou profundamente quando as portas do elevador se abriram e agradeceu aos céus ao notar que não havia ninguém, assim, poderia seguir direto para o último andar, onde a cobertura lhe esperava com tudo que tinha direito e um homem lhe que amava.Sorriu ao retirar os óculos, nem podia acreditar que estava mesmo ali, os últimos meses haviam sido difíceis, e todos a partir dali seriam também, mas ela poderia agora manter sua cabeça no lugar, né?Quando voltou a caminhar estava no corredor dando acesso a porta da cobertura, o apartamento mais lindo que já entrou e possivelmente iria viver em toda sua vida. Deixou suas coisas pelo caminho enquanto buscava por aquele homem, aquele que fazia suas noites quentes e os dias tão sem graça que não conse
6 meses antes…A torcida naquelas arquibancadas gritava como se fosse a final de um jogo mundial. Bandeiras, líderes de torcida, jogadores a flor da pele. Os campeonatos de futebol entre faculdades eram disputados até o último suor cair. O fim de ano era marcado pela rivalidade e disputa acirrada, e naquele ano o time de Ronny Tornneght ganhou com maestria, seu time havia treinado, se fortalecido e levado a melhor. Dentro do campo, Ronny não se via como o herdeiro de um grupo de empresas famoso e milionário, mas como um garoto normal tentando ganhar sua própria fama, e não havia coisa melhor que ser aclamado por seus esforços. Seu time, sua faculdade… e finalmente sua namorada.— Você foi incrível – Ela o abraçou fortemente, o suor não lhe incomodava quantas vezes já o tocou assim. As pessoas ao redor também não iriam lhe impedir de beijá-lo.— Todos os gols foram para você. Eu te amo. – De todas as formas, ela quem o incentivou para sua glória. Gritos de vitória cercaram o casal.
O silêncio no carro estava incomodando, mas tudo que ele tinha para falar não poderia dizer. Olhava de relance para o homem do outro lado do banco inerte a suas encaradas, concentrado em seu Tablet e no trabalho.Olhou o celular recebendo outra mensagem de sua namorada e nem precisava abrir para saber que era outro xingamento em direção ao seu pai para incrementar os textos anteriores também xingando o homem.— Para com isso – Pediu o mais novo, mas não ganhou a atenção — Para de tratar ela assim. Eu a amo.— Na adolescência ninguém ama ninguém.— Você amou a minha mãe.— E ela está com outro homem agora em algum lugar da Suíça com uma pensão gorda com meu nome no final de todo cheque.— Ah, então você acha que é isso que a Clarisse quer de mim? Me dar um filho e depois abandonar ele com o pai pedir o divórcio e se casar com outro? Vicent o olhou dessa vez. — Ela não me trocaria por outro. Ela me ama. Me ama. Não compare ela com a minha mãe.— Ah… Ela te ama? Ama mesmo? Então para s
O choque em seus olhos era notório. Não tinha se recuperado da surpresa de ver aquele homem ali, e logo recebeu outra ainda mais forte.O que tinha que fazer, sorrir?O que Vicent queria? Oferecer dinheiro para que ela fosse embora como nos doramas? Lhe ameaçar jogando toda sua família na rua da amargura até se mudarem para longe como nos livros de romance?Voltou a respirar sem nem mesmo notar que havia prendido a respiração. Encarar aquele homem parecia no momento um desafio grande. Sabia que ele não gostava de sua presença, mas seu olhar… O olhar de desejo que sentia vir dele era promíscuo, não parecia ser real ao mesmo tempo que lhe dava curiosidade. — Um café… Com você? – Gaguejou pelo menos duas vezes antes de seus pensamentos se formarem naquela pergunta engraçada. — Quer que eu tome café com você?— Podemos conversar em um lugar melhor. Gostaria de fazer um pedido. – Ele foi cordial, muito educado até para sua pessoa. Evitou olhá-la de verdade ainda que estivesse lhe observan