por Lucian
A noite caiu como um manto pesado sobre mim, enquanto eu me sentava no silêncio sombrio do meu escritório, a única luz sendo a fraca chama de uma vela que eu esquecera de apagar.
Meus pensamentos estavam enevoados, e minha mente girava em torno do que havia acontecido mais cedo.
Milena...
Milena nos flagrou.
A dor em seus olhos, a mágoa em seu rosto, estavam gravadas em minha memória como um punhal cravado no coração.
Débora entrou silenciosamente no escritório, fechando a porta atrás de si.
Ela se aproximou com um olhar de preocupação e um toque de arrependimento, sentando-se ao meu lado.
Sua presença era ao mesmo tempo confortante e repulsiva.
Ela havia sido parte do desastre, mas agora era a única que parecia entender o peso do momento.
— Lucian, você está bem? - sua voz era suave, quase um sussurro, enquanto ela colocava a mão sobre a minha.
Eu a afastei gentilmente, incapaz de lidar com seu toque naquele momento.
— Como você pode perguntar isso, Déb