por Donovan
O peso do meu filho nos braços era ao mesmo tempo um alívio e uma dor impossível de descrever.
O choro dele, tão frágil, havia sido a única coisa que me manteve focado enquanto eu o tirava das mãos da Débora.
Agora, com ele seguro, cada batida do meu coração parecia ecoar o pavor de quase perdê-lo.
Eu não podia falhar, não de novo, não com ele.
As portas automáticas do hospital se abriram diante de mim, e o cheiro estéril tomou conta do meu olfato.
Aquele mesmo hospital que, há algumas horas, se tornou o cenário de um pesadelo.
Não consegui proteger meu filho enquanto Milena dormia, vulnerável, sob o efeito da medicação que eu mesmo havia autorizado para poupá-la do caos.
Agora, tudo o que eu queria era tê-los a salvo, juntos, mesmo que isso significasse reviver o inferno que quase nos engoliu.
Caminhei rápido, pressionando meu filho de encontro ao peito, como se ele pudesse escorregar por entre meus dedos a qualquer momento.
Eu não permiti que os médicos o colocas