As palavras saem da minha boca com surpreendente facilidade, quase como se eu estivesse narrando uma velha anedota que já pouco me importa. Mas, no fundo, sei que ao dizê-las estou soltando uma parte de mim que nunca antes havia compartilhado com ninguém. Cintia e Lyssa me olham em completo silêncio, e embora eu esteja segura de que elas vão me julgar, a centelha de emoção em seus olhos me confirma que também sentem algo de fascínio. Porque, embora não o admitam, sabem o que é estar aprisionadas em um jogo de poder.
— Uau, Edna, nunca pensei que você fosse tão… —Lyssa deixa a frase inconclusa, mas posso adivinhar perfeitamente o que ela está insinuando. — Tão o quê? —respondo com um sorriso de lado, mostrando um vislumbre de orgulho, embora meu tom destile certo sarcasmo—. Sei perfeitamente o que você pensa, ma