A expressão de Donatella fazia com que sua presença parecesse mais assustadora do que o habitual. De pé diante da janela de seu escritório, com a expressão tensa e as mãos cruzadas nas costas, ela transmitia a raiva que tentava conter. À sua frente, o chefe de mídia falava ao telefone enquanto tentava controlar o nervosismo. Ao encerrar a ligação, ajustou os óculos e pigarreou, ciente de que as palavras que diria poderiam ser o estopim final para a paciência já inexistente de Donatella.
— Senhora Donatella, fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para conter o dano — começou, escolhendo as palavras com extremo cuidado.
— Eu lhe pedi uma desculpa barata? — questionou, sua postura ficando ainda mais rígida. — Creio que não fui clara na minha ordem, não é? Quero que tudo isso desapareça. — disse sem desviar os olhos da janela. — Não quero mais nenhuma menção a Alessandro ou àquela… mulher na mídia. Agora entendeu?
— Mas a situação já está fora de controle. As fotos e a notícia se