Alessandro entra no escritório de Donatella sem se incomodar em bater à porta ou permitir que anunciem sua chegada. O ar na sala torna-se pesado desde o primeiro segundo em que ele entra. Um grupo de sócios, todos com expressões impassíveis, está sentado ao redor da elegante mesa de conferências, discutindo algum assunto que, com a presença dele, torna-se de repente trivial. E é que, quando a presença dele se impõe no espaço, todos os olhares se voltam para ele.
Donatella ergue o olhar dos documentos, seu olhar severo encontra o de Alessandro enquanto ela tira os óculos. Por um instante, o silêncio é absoluto e, embora mantenha a compostura, algo em sua postura revela que esperava a chegada dele, mas não de forma tão abrupta.
—Que diabos você acha que está fazendo? —Alessandro deixa que o tom carregado de raiva deixe claro seu estado, ignorando deliberadamente a presença dos outros na sala.
—Senhores, poderiam nos dar um momento? —são as palavras de Donatella. E, embora seu rosto mant