Capítulo 6 - Doce Entrega

Capítulo 6

Doce Entrega

Então finalmente conheci Aurore, pensei. Além de não li­gar para presentes, os homens também têm uma terrível dificuldade de lembrar de rostos. Em minha defesa, eu po­deria alegar que a cúpula estava escura e que não era possí­vel distinguir feições. Talvez eu nem mesmo reconhecesse a minha mãe naquele breu, ora bolas! Como seria possível, então, lembrar-me de alguém que somente vira em foto poucas vezes? Aquele rosto na foto não tinha voz. A graça dos seus movimentos tampouco poderia ser explicada em um momento fugaz congelado no tempo. Sua inteligência, discernível em um simples comentário, jamais seria descrita com justiça por um instantâneo. Além disso, pensei e sorri, não dá para sentir o cheiro de perfume em uma foto.

O fato é que eu tinha ficado bem curioso com Aurore e aquilo me fazia sentir um bocado idiota. Ela tinha saído do observatório rebocada pelo Fernando, e Deu

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