Capítulo 30 - Verdades Rasgadas.
Louis Beaumont
O campus estava quieto, com poucas pessoas circulando sob a luz fraca dos postes. Carolina estava do lado de fora, braços cruzados, o semblante carregado de uma seriedade que eu nunca havia visto nela antes. Assim que me viu, caminhou até o carro sem hesitar e entrou, batendo a porta com força.
A tensão no ar era insuportável, cortante, como se algo prestes a explodir estivesse sendo contido à força.
Antes que eu pudesse falar, ela ergueu a mão, me interrompendo.
— Não. Antes que você diga qualquer coisa, eu vou falar. — A voz dela era firme, quase fria. — Até quando você achou que poderia manter sua maldita mentira, Louis?
Meus olhos se estreitaram. Meu coração deu um salto no peito.
— Do que você está falando?
Ela riu, mas a risada era amarga, cheia de mágoa e ironia.
— Do que eu estou falando? — Seus olhos brilharam com lágrimas acumuladas, mas sua expressão era de puro desgosto. — Não se faça de idiota, Louis. Eu descobri. Tudo. Você é um patético! Um mentir