O dia ainda nem havia despertado por completo quando o carro preto cruzou o portão da mansão. Vanessa observava tudo pela janela, com atenção controlada. O céu estava pálido, e a construção surgia imponente, silenciosa, quase hostil. Ela respirou fundo antes de descer do carro, ajustando a alça da bolsa no ombro.
Estava vestida de forma discreta: saia abaixo do joelho, blusa clara, sapatos baixos. Elegante sem exageros. Segura sem arrogância. Era exatamente como planejara.
Clarissa foi quem a recebeu.
— Bom dia. — disse, educada, analisando-a rapidamente com o olhar treinado de quem conhece cada canto daquela casa. — Você deve ser a Vanessa.
— Sou sim. — respondeu ela, com um sorriso contido. — Obrigada por me receber.
Clarissa assentiu e indicou o interior da mansão.
— O senhor Matteo pediu para que você fosse direto ao escritório. Mas antes… — fez um pequeno gesto com a mão. — Vou lhe mostrar a casa. É importante entender como tudo funciona aqui.
Vanessa concordou. Enquanto caminhav