NARRAÇÃO DE SARA...
Apesar de estar protegida em seus braços, a madrugada foi um tormento. Enquanto Brady dormia profundamente, eu o observava na penumbra, angustiada. O silêncio da noite me sufocava, e eu sabia bem o motivo do seu sono pesado: bebera sozinho uma garrafa de vinho. Seus olhos vermelhos, antes de adormecer, denunciavam a raiva que ainda queimava em seu peitö.
Mesmo depois de tentar me acalmar, de pensar em algo sólido como aumentar nossa família, a ansiedade não me deixava. Olhava para ele, sentindo pesar por sua dor, mas também um martelar incessante dentro de mim: a conversa com Dom Louis, o aviso de que quando a máfia não aceita, o problema se torna inevitável.
Lembrei da primeira vez em que Brady pisou em minha casa. No dia seguinte, ele pediu discrição. Não por vergonha, mas porque minha família poderia virar alvo. Minha mãe. Minha menina. Minha Júlia. Ao pensar nisso, meus olhos se encheram de lágrimas. Aproveitei o sono profundo dele para chorar baixinho, abafand