Sete de julho de 1990, sexta-feira. O dia mal havia clareado e a equipe já estava a caminho. Na viatura só os equipamentos essenciais. De volta à fazenda, colocaram o carro no mesmo local, montaram a micro-câmera por segurança e apanharam a trilha que os levaria ao córrego.
— Estive conversando com o Marcos ontem à noite, comentou Ramon. Não tenho dúvidas de que o nosso visitante é um federal.
— E o que os federais estariam fazendo atrás de nós? observou Carlos.
— Não estou bem certo, Carlão. Se o intuito deles é descobrir a conexão aqui na fazenda, por que estariam no nosso vácuo?
— Será que tem a ver com nosso acidente na estrada? perguntou Willdson.
— É possível, San. Pelo menos, continuou Ramon, seria a dedução mais lógica para eles. Contudo, duas coisas me intrigam nessa história: se os caras do Comodoro nos queriam fora do caminho, por que não atiraram na gente?
— Como você mesmo disse, provavelmente queriam que parecesse um acid