Mikhail estava fervendo por dentro; O ciúme queimou nele como brasas incandescentes. Cada gesto de Iván, confortavelmente sentado em seu sofá, com as pernas cruzadas e aquele sorriso torto que parecia zombar dele, desferia-lhe um golpe direto no peito. Ver aquela arrogância, como se Ivan já tivesse vencido uma batalha que Mikhail nem havia começado, o consumiu de raiva.
Ele teria gostado de passar as rodas da cadeira pelos pés do rival, mas com um esforço quase sobre-humano engoliu o impulso, obrigando-se a manter uma calma tensa.
—Anna, você pode me permitir um momento a sós? —ele perguntou, com a mandíbula cerrada.
Anna soltou um suspiro longo e cansado, lançando a Mikhail um olhar de reprovação.
—Iván, com licença mais uma vez. “Já volto”, disse ela, e o sorriso autossuficiente de Ivan não desapareceu por um segundo enquanto ele a observava se levantar.
Mikhail mal conseguiu se conter até chegar ao corredor.
—Você sabe o quanto a presença daquele cara me incomoda, e mesmo assim voc