A paixão destruiu todo o raciocínio e, enquanto o prazer girava dentro de ambos, o orgasmo os fez gemer abertamente.
Anna se trancou no banheiro, sentindo o coração bater de raiva e vergonha.
Ela fechou a porta com força, quase desesperada, e caminhou em direção ao chuveiro, com a respiração acelerada, traindo a tempestade que a devorava por dentro.
Ela abriu a torneira com força, deixando a água gelada cair sobre seu corpo, como se a pontada do frio pudesse apagar o fogo que a consumia.
Ele caiu no chão e abraçou as pernas com os olhos fechados enquanto a água escorria por sua pele.
Suas lágrimas se misturaram às gotas, mas não foram suficientes. Com as mãos trêmulas, ela começou a esfregar a pele com uma aspereza desnecessária, quase se machucando, como se quisesse apagar cada traço, cada marca que Mikhail havia deixado nela.
Cada toque, cada sussurro, tudo o que ela compartilhou com ele... Agora tudo parecia uma marca indelével que a sufocava.
—Isso não deveria ter acontecido! —e