Minutos antes:
Maria estava no estacionamento subterrâneo do hospital, dentro do carro, esperando com uma paciência que era apenas uma máscara para a raiva que fervia dentro dela.
Seus dedos agarraram o volante, enquanto ele mantinha o olhar fixo à frente, como se sua concentração pudesse materializar o sucesso de seu plano.
Mas a vibração de seu telefone a tirou de seu devaneio e, quando viu quem estava ligando, um sorriso torto apareceu em seus lábios.
—O que está acontecendo?
“Maria, tenho que te contar, a criança... a criança está bem”, relatou a enfermeira do outro lado da linha com tom hesitante, ciente da fúria que seria desencadeada com aquela notícia.
O rosto de Maria se contorceu numa expressão de puro ódio. Ele agarrou o telefone com tanta força que os nós dos dedos ficaram brancos.
—O que você disse? — ele cuspiu com veneno.
— Sinto muito, senhora, não aconteceu nada. O menino ainda está vivo.
María, sem responder, desligou furiosamente. Seu peito subia e descia de agi