No dia seguinte ao confronto com Alexei, Anna saiu correndo do pronto-socorro, suando sob a pressão de um caso complicado. Ela passou a manhã inteira tentando se concentrar, mas os olhares e murmúrios ao seu redor a estavam desgastando. O boato foi longe demais.
Quando ela virou para o corredor, duas enfermeiras pararam, sussurrando uma para a outra enquanto a observavam.
—Lá vai a “irmã mais nova”. Como será ter o favor do patrão, né? — uma enfermeira disse para a outra em voz baixa, mas o suficiente para Anna ouvir.
—Tenho certeza que ele tem tudo sob controle... Que família! —acrescentou o outro, rindo.
Anna sentiu o calor subir às suas bochechas. Era impossível escapar dos olhares acusatórios. Ela sabia que todo o hospital acreditava naquele boato e não adiantou nada se defender, Irina já havia tido diversas discussões.
Ela entrou em seu escritório, batendo a porta com força.
De repente, uma batida na porta a fez virar.
Era o chefe da cardiologia, Dr. Komarov, um homem mais velh