8 Sonho

Ele tentou de todas as formas ficar atento aos movimentos dela, ela foi educada com algumas tias, descartou dançar com alguns parentes de Maddie (pra isso ela usou seus irmãos e primos), ela foi várias vezes ao banheiro com Maddie e dançou muito com seus parentes. Nenhuma vez ela olhou pra ele.

Foi quando ele tomou toda a coragem misturada com o Whisky de seu copo e levantou pra convidar ela pra dançar, afinal se levasse um não seria humilhante, ele era famoso, e havia algumas fãs ali, mas ainda bem ela aceitou o convite, ele sabia que o motivo era bem simples naquele ponto estava sozinha e rodeada por estranhos novamente, e pelo menos ele era um conhecido.

Por causa do Whisky ele estava cheio de coragem, ou talvez foi o hipnotismo do perfume dela tão próximo a ele, enquanto dançavam ele foi descendo a mão pelo corpo dela, nada de forma muito dramática para que ninguém percebesse que era proposital. Nem ela havia percebido, na verdade ela estava incomodada com um convidado que não parava de seguir ela a toda parte, e estava fazendo sinais pra ela, era muita audácia, será que ele não viu que ela pertencia a ele?

E assim aquele garoto, loiro, vestindo um terno cinza se aproximou.

-posso dançar com você?

- não ela não pode, você não viu que ela está comigo? - ele a puxou para perto e o convidado o reconheceu como o astro que era, pareceu então desistir de sua conquista da noite.

- eu podia me livrar dele sozinha, depois você não vem querer falar que eu ou meus irmãos te obrigaram.

- eu quis, e quero outras coisas também, você não acha que isso é possível? - ela o olhou direto nos olhos, pois dessa vez ele não havia explicado a situação de uma forma a se entender, ele queria falar o que ele queria com ela, mas não estava bêbado ou hipnotizado o suficiente pra ter aquela coragem de ir além.

Como ele não falou mais nada ela o deixou e foi ajudar Maddie a se trocar de vestido para eles irem embora. As palavras dele ficaram martelando em sua cabeça, foi mais que uma provocação, foi algo que ela não sabia se era bom ou ruim. Assim que os noivos sairam as pessoas começaram a ir também. No fim ficou Breno com uma acompanhante, seus pais , Luke e ela.

-porque vc bebeu tudo isso seu maluco, não vou te levar pra casa não, tenho planos. - Breno estava encantado com uma amiga de Maddie. - já sei, maninha, você larga ele no hotel, é o mesmo que você está hospedada mesmo.

Ele soltou o amigo em cima dela, claro que como ele estava acostumado a ser cuidado por ela, nem se sentiu mau por estar com o peso todo sobre ela. Ela o ajudou a ir até o seu carro, o ageitou no banco de traz e foi até a direção. Ela sabia que haveria repórteres então dirigiu até a garagem do hotel e usariam o elevador de funcionários, ela mesma já havia usado ele pra sair pra festa.

Ela pegou o cartão do quarto que estava no porta copos e com um sacrifício chegou a porta do quarto.

Depois disso, ela não sabia ao certo como a situação se desenrolou. Ela não sabia como ele havia beijado a ela, e nem como estava deitada abaixo dele o beijando como se não existisse o amanhã. Aquele beijo era tão cheio de necessidade, e a fazia ter uma palpitação nunca sentida antes, o que deu certeza de que não o havia superado.

Ela já havia chegado naquele ponto com Saturno, mas nunca quis passou daquela linha, nunca o tateou com suas mãos, e nunca começou a tirar a sua camisa. Pareceu algo tão simples de ser o próximo passo, e ele aquela hora não parecia estar quase em coma alcoólico como a momentos atrás.

Ele beijou sua tempora, foi descendo por seu pescoço, seus seios, um a um, de uma forma tão delicada e quente que parecia ser um creme de veludo quentinho. Depois dela estar completamente nua, ele voltou a sua boca, suas mãos a acariciaram ternamente e delicadamente se posicionou em cima dela quando percebeu que ela estava pronta, seu membro foi entrando lentamente e calmamente.

Assim que ele deu os primeiros movimentos, percebeu o desconforto, a beijou, pois no fundo ele estava tentando manter o ritmo lento e delicado, assim que as primeiras remetidas passaram, a onda de prazer começou a querer tirar o seu controle. E assim ele foi de suave e pacientemente aumentando seus movimentos até que, pela primeira vez ele não sabia como explicar a sensação ou o sentimento que estava sentindo, pois foi algo que fugia do seu controle, algo que o fez entrar em uma êxtase tão surreal que pensou que estava sonhando e caindo em uma terra sem gravidade e sem tempo.

Depois disso ele se agarrou a ela e adormeceu, quando ela percebeu que nada aconteceria a ele, resolveu ir para o seu quarto, arrumou as suas coisas e partiu, pediu para que quando fossem três da tarde o acordassem com uma ligação pois ela sabia que ele teria que voltar pra casa para compromissos no outro dia cedo, e ele sempre foi responsável quanto a sua agenda profissional.

Já em casa ela tentava lembrar de cada detalhe, cada sensação e cada passo que ela deu naquela madrugada. Ela teria que pensar como se comportaria a partir daquele momento. Mas apesar de não ter sido a pior noite de sua vida, ela se sentiu um pouco desapontada, talvez isso por ele estar bêbado, ou ela devia estar bêbada.

Ela se sentiu estranha, não foi ruim, mas também não foi bom, talvez não era pra ser que nem em suas histórias. Talvez aquele calor e aquela onda de prazer só existisse em contos. O beijo com Luke havia sido extraordinário, mas o desfecho era desapontador.

Quando ele acordou pensou que teve o melhor sonho do mundo, cada toque, cada beijo, tudo parecia tão real, mas a cama estava vazia, o quarto estava vazio e se entristeceu por ser um sonho.

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