Os presentes paralisaram com a informação. O juiz teve que dar várias advertências para conseguir o silêncio e voltar a ouvir Fernanda.
A enfermeira imaginou que aquela fala não seria tão problemática e ficou apavorada ao ver a reação dos ouvintes.— Silêncio! — pediu o juiz pela quinta vez.
O promotor repetiu a pergunta:
— Ela pediu isso a mais alguém?
— Não tenho como saber. Mas fiquei com pena dela na época.
Senhores, uma pessoa vendo o sofrimento de outra, mesmo que querida, não poderia se compadecer e cumprir o desejo dela?
— Protesto! Que isso, excelência?! — o advogado de defesa apelou, furioso.
— Deferido. Senhor promotor, atenha-se às perguntas.
— Sem mais, excelência — respondeu o homem, até então convicto de que