Jéssica nunca assumiu, mas sua cabeça estava voltada apenas para o dia do resultado. Fez várias outras provas com a mesma atenção e determinação. Não se dedicou menos em nenhuma delas. A que fazia seu coração bater acelerado era a da Unicamp. Buscava no calendário, todos os dias, a data em que sairia o resultado.
Hugo, preocupado com a reação dela diante do resultado, procurou distraí-la. Propositalmente, marcou um dia de Bopi-Bari para toda a família. Célia e sua filha também foram convidadas.
As crianças estavam superempolgadas, vendo tanta novidade. Maria era a mais feliz. Corria de um brinquedo para outro com uma velocidade difícil de acompanhar.
— Anda, gente! Quero ir naquele elevador agora! — ela anunciava, chegando primeiro na fila.
Sua risada era contagiante. Estava vivendo um sonho de menina.
— Que bom que viemos. Olha a alegria dela! — Jéssica sorria, observando a menina girando no carrossel. Fez questão de ir sozinha.
— Nunca vi Maria tão feliz como vejo nos últimos meses.