O jogo de luzes que revezavam entre vermelho e azul piscavam freneticamente, em conjunto a um ou outro cômodo ou corredor com a luz mais baixa onde se precisava forçar a vista, me via levemente tonta. Talvez fosse efeito do alucinógeno, mas junto vinha um mal estar.
Andei por não sei bem quanto tempo, perdida pelo labirinto que era a casa de Autunm. Pensei em pedir ajuda, orientação de onde fosse a saída para tomar ar fresco, mas as palavras mal eram formuladas mentalmente, sequer conseguia as proferir. Uma onda de tontura me tomou e eu acabei por esbarrar em um casal que se pegava em um canto, consegui balbuciar um porco pedido de desculpas, mas meus olhos paralisaram na imagem diante de mim:
Um homem negro afastava os lábios carnudos do pescoço alvo da mulher em seus braços, tanto os lábios dele quanto o pescoço dela lavados por sangue. Quis gritar e correr mas meu cérebro só me permitia uma ação por vez, optei por correr, tropeçando em minhas próprias pernas acabei batendo de