P.D.V de Kaiden
A lua já estava alta quando as celebrações silenciaram. A alcateia recolhia-se pouco a pouco, deixando para trás apenas os ecos da música e o perfume das flores que ainda pairava no ar. Agora, o mundo parecia girar apenas em torno de nós dois.
O caminho até a tenda nupcial parecia sagrado. As tochas ardiam alto, protegidas pelas ômegas que nos reverenciavam em silêncio, e cada passo que eu dava fazia meu coração bater com força descomunal. Não era apenas a expectativa de algo novo; era o peso de tudo que aquela noite representava. Minha Luna. Minha parceira de alma. Minha vida.
Quando entramos, o espaço me pareceu um santuário — o chão coberto por peles macias, flores lunares espalhadas em círculos que exalavam um perfume adocicado, e, no centro, o leito preparado para nós, cercado de velas cujas chamas tremeluziam, dançando sobre nós como se celebrassem o momento. Meu olhar se encontrou com o dela, e vi nele o mesmo nervosismo que sentia. Jovens, inexperientes, mas