P.D.V de Kayla
O portão do orfanato se abriu lentamente com o mesmo rangido familiar de sempre, como se murmurasse um “bem-vinda de volta”. O jardim estava bem cuidado, as hortênsias floresciam ao lado do caminho de pedras que levava à entrada principal. Assim que descemos do carro, Ivy olhou ao redor com curiosidade — os olhos atentos absorviam tudo, do prédio antigo até os vitrais coloridos da pequena capela ao fundo.
A porta principal se abriu antes que pudéssemos bater. E lá estava ela: Madre Superiora Margaret. Impecável, postura ereta como sempre, mãos cruzadas à frente do hábito escuro. Mas havia algo suave em seu olhar hoje, algo que nem ela conseguiu esconder por muito tempo. Quando me aproximei, seus olhos se encheram de ternura.
— Kayla... — disse em um tom calmo, quase sussurrado. — É bom ter você de volta, minha filha.
Ela me envolveu em um abraço firme, e por um instante eu me permiti relaxar completamente. Aquele gesto raro, quase sagrado vindo dela, dizia mais que pala