13 - Os mortos e os quase

Os olhos de Absalon se abriram sem que ele tivesse certeza de estar vivo ou morto. 

Alguém estava lhe fincando agulhas. Deveriam ser sete ou oito delas, na perna atingida pela adaga. O ferimento queimava. Desfocados, a noite e o bosque lentamente tomavam forma ao seu redor. Ainda tinha os membros no lugar, a julgar por como todos doíam horrivelmente.

Sentia o punho de sua espada no chão, ao seu lado e, à sua frente, bloqueando parte das estrelas, um rosto conhecido de quarenta e seis anos e uma longa experiência em furtividade, envenenamentos, e principalmente, antídotos, o observava, aflito.

– Talbo? – Absalon perguntou, recobrando a fala.

– Não fale ainda. – Ele respondeu. – Estou quase acabando.

Talbo tinha os olhos tão escuros que poderiam ser negros. Deixava sempre a barba rala, porque os pelos se agarravam bem à tinta de suas camuflagens exóticas. Seus cabelos eram originalmente negros, mas dada a frequência com que mudava sua cor,

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo