Quando Victor desligou, eu corri desesperada pela casa. Eu procurei Ana, meu porto seguro.
  — O que foi, menina? Que alvoroço é esse?
  — Ana, eu vou embora desta casa amanhã! Me ajuda a arrumar as minhas coisas, por favor!
      Ana subiu as escadas atrás de mim curiosa.
  — Mas para onde você vai, assim de repente?
  — Para perto do meu filho!— respondi sem me virar.
       Ana veio falando sem parar até chegar no quarto, onde eu entrei.
   — Meu Deus, sua vida parece uma gangorra! Vai voltar com o homem de pedra?
        Eu não conseguia falar e só então Ana percebeu que eu chorava e se desesperou a falar:
  — Meu Deus menina! O que  aconteceu? Não está feliz? Vai ficar perto do seu filho e também do traste que você ama!
  — Eu vou como uma serviçal, uma criada.
  — O quê!— Ana não acreditou.
  — É isso, Ana. Victor foi capaz de me fazer tal proposta! Eu estou chocada!
  — Pois eu não!— Ana disse amuada.
       Eu virei franzindo a testa.
  — Seria capaz de imaginar tal af