Zilma me trouxe um chá e insistiu para que eu comesse alguma coisa. Ficou tentando me acalmar até eu adormecer.
Eu estava desolada. Sem abrir a boca, consegui deixar o todo poderoso, Rei da soja, convencido do meu amor.
Eu desci para o desjejum com cara de enterro.
Victor comia tranquilamente e levantou-se assustado ao me ver. Com certeza pensou em não me encarar tão cedo. Achou que eu iria ficar chorando o dia inteiro.
— Dormiu bem?— ele quis saber.
Eu devia estar com uma cara péssima. Ele me olhava como se nada tivesse acontecido.
— Aconteceu alguma coisa?— ele insistiu.
Eu só lancei um olhar de revolta para ele e comecei a comer.
Victor parecia inocente, ou dissimulado.
— Está assim porque cheguei tarde ontem? Ah, eu tive um jantar de negócios de urgência.
Eu respirei fundo, já estava preparada para a vingança. Talvez ela viesse em forma de ironias.
Victor se ajeitou na sua cadeira, voltando-se para o seu prat