O Homem da Minha Vida
Aquela noite foi a mais difícil para Mel. A senhora Yang lhe trouxe comida no quarto, porque ficou sabendo pelos hóspedes que ela chegou com cara de choro.
— Me perdoe, senhora Yang, não gostaria de lhe dar trabalho.
A mulher sorriu carinhosa e respondeu:
— Filha, já estou acostumada a fazer isso! Não teve um só daqueles, que aqui moram, que não passou pela angústia do primeiro dia. Logo quando chega, você fica anestesiada, mas o dia seguinte é o primeiro dia. Aí vem a dor da saudade.
Mel ajeitou a bandeja no colo e disse sorrindo:
— A sua comida é muito cheirosa.
— Obrigada querida!— a mulher disse isso e se retirou.
Mel comeu toda a comida, depois se aninhou debaixo das cobertas.
O sono não chegou rápido, mas a esperança de que ainda iria esquecer Rodolpho, estava ali.
A pior noite, a mais triste, passou. Mel acordou animada para trabalhar. Quando estava pronta, ela foi para a mesa de refeições.
— Deu tudo certo, Mel?— Amália quis saber.
João tam