Tara
Na manhã seguinte, a chuva forte cai sobre o deque, obscurecendo nossa vista da vegetação. Nuvens cinza-escuras bloqueiam toda a luz do sol. Minha fé em sair para o safári de hoje diminui a cada gota d’água que cai sobre o chão.
— Você acha que vão nos levar mesmo assim? — pergunto, sem conseguir conter a esperança que transparece em minha pergunta.
Um relâmpago corta as nuvens antes de um trovão estremecer o vidro.
Ele balança a cabeça.
— Não vamos sair em uma tempestade assim, independentemente do que eles digam.
— Mas…
— Não.
Bufo.
— É uma chuva de verão. Vai passar rapidinho.
Um raio cai de novo, enchendo o céu de uma luz forte. Ele me lança um olhar que não precisa de tradução.
— Tá. Você está certo. — Faço biquinho.
— Já está desistindo? Não vai nem me fazer me esforçar?
— Seus olhos brilham tanto quanto a luz ofuscante lá fora. O jeito como ele me encara, com um desafio silencioso, me fazer querer insistir.
— Uma parte de mim acha que você gosta de puxar briga comigo porqu