Mundo ficciónIniciar sesiónClara Vasconcelos
A luz da manhã entrava tímida pelas frestas da persiana, desenhando listras douradas sobre a cama bagunçada. O quarto ainda cheirava a noite, com perfume misturado, pele e calor. Abro os olhos devagar, sentindo o corpo pesado, mole, como se tivesse sido moldado por um sonho bom e profundo. Há uma languidez em mim, algo doce que pulsa nas veias, como se cada parte de mim lembrasse o que aconteceu horas atrás. Por um segundo, não reconheço o lugar. O teto parece diferente, a luz mais dourada, o silêncio mais denso. Então sinto o peso quente do braço de Lucca sobre minha cintura, o toque firme, protetor, possessivo. O peito dele está colado às minhas costas, e a respiração lenta e profunda roça minha nuca num ritmo quase hipnótico.
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