Mundo ficciónIniciar sesiónClara Vasconcelos
O beijo de Lucca ainda queimava nos meus lábios.
Era como se todos os anos de silêncio, culpa e amor reprimido tivessem se concentrado ali, entre o toque da boca dele e o som distante da chuva. Aquele beijo pedia perdão e, ao mesmo tempo, prometia o impossível, o tipo de promessa que só o amor verdadeiro, mesmo ferido, é capaz de fazer.
Ele levantou uma das mãos e a levou até meu rosto, os dedos roçaram minha pele com uma ternura que me fez estremecer. A diferença entre o tamanho da mão dele e a delicadeza do gesto me fez sorrir por dentro. O polegar deslizou pela minha bochecha, num carinho lento, quase hipnótico.
Fechei os olhos por um instante, sentindo o coração bate







