Mundo de ficçãoIniciar sessãoLucca ficou imóvel por longos segundos, com as mãos apoiadas sobre a mesa de mogno, os ombros tensos e o maxilar travado. O silêncio que dominava a sala parecia gritar dentro dele. O perfume de Annelise, doce, invasivo, enjoativo, misturava-se ainda ao leve rastro de lavanda que Clara deixou ao sair, e o contraste era quase físico, brutal. Um cheiro lembrava pureza, o outro, decadência.
Giovanna, ainda estava ali, parada próximo à parede de vidro, e o observava em silêncio. Com os braços cruzados, o olhar sério e gélido encarava o irmão tentando decifrar o que se passava na sua cabeça. Sabia que Lucca estava prestes a explodir, e, por mais que tivesse vontade de intervir, decidiu não fazê-lo. Às vezes, era melhor deixar Lucca Ferraro encarar o próprio caos e dessa vez, ele havia







