Isadora Vasconcelos

O prazer pulsa dentro de mim como um veneno quente, espalhando-se pelas veias, queimando cada pedaço do meu corpo com uma sensação de poder absoluto. Estou deitada de costas, com o corpo arqueado, os cabelos colados à testa pelo suor, a boca aberta num gemido que ecoa pelo quarto luxuoso enquanto Fernando me possui com força. Cada estocada dele é um golpe calculado, um lembrete cruel e delicioso: eu estou viva, eu ainda sou Isadora Vasconcelos. 

Minha respiração sai entrecortada, o corpo inteiro lateja de luxúria, e eu rio, um riso baixo, quase selvagem, que vibra no ouvido dele e o faz estremecer. É como se o mundo inteiro pudesse desmoronar lá fora e, ainda assim, eu estaria aqui, no controle, bebendo desse calor que me alimenta, alimentando a chama do &oacu