O oficial Mike andava pelo corredor até avistar Selena, que estava parada próximo a uma mesa, conferindo algo em um tablet. O ambiente estava iluminado por luzes fluorescentes, que davam à delegacia um aspecto frio e impessoal. O som distante de passos e vozes abafadas preenchia o lugar.
– Agente Selena? – chamou Mike, parando a alguns passos dela.
– Sim – respondeu Selena, erguendo o olhar e fechando o tablet. – Você deve ser o oficial Mike, certo?
– Sou eu. Em que posso ser útil? – perguntou ele, ajeitando o cinto e exibindo um sorriso cordial.
– Preciso dessas filmagens – disse Selena, estendendo um papel com a data e a hora. – Aqui está a autorização.
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Mike observou a agente por um instante. Sua postura séria e olhar determinado deixavam claro que ela não estava para brincadeiras. Ele pegou o papel e nem sequer conferiu a assinatura; parecia confiar no tom seguro de Selena.
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– Ah, claro. Vou acessar os arquivos. Vai levar uns 10 minutos para transferir os vídeos para