Capítulo 16
O sono veio, mas não foi calmo. Alana mergulhou num torpor agitado, onde realidade e fantasia se misturavam de forma perigosa.
Estava no escritório da empresa, sozinha, como tantas vezes. Mas algo estava diferente. O silêncio era denso, e o ar parecia carregado de eletricidade. Ela ouvia passos, mas não via ninguém. Sentia o cheiro de café recém-passado, o que a lembrava dele. Leonardo.
Virou-se e lá estava ele, parado à porta. Sem os óculos, sem o gel no cabelo. Os olhos castanhos pareciam mais escuros, mais intensos. Ele a olhava de um jeito que nunca ousou na vida real.
— Você me chamou? — perguntou, com a voz mais grave, mais segura.
Ela tentou dizer que não, mas as palavras não saíam. Em vez disso, fez um gesto, e ele se aproximou. Os passos dele eram lentos, firmes, como se soubesse exatamente o que fazia. E ela... não recuou.
Quando deu por si, ele estava diante dela, perto demais. Perto o bastante para que ela sentisse o calor do corpo dele. As mãos dele tocaram se