Capítulo 114
O sol ainda nem havia nascido quando o grupo se reuniu nas imediações do antigo armazém abandonado no porto. O local havia sido discretamente cercado por homens da equipe especial do delegado Maurice Lefèvre. O plano era simples: aguardar Luigi e Muniz se encontrarem, garantir a entrega do dinheiro e prendê-los em flagrante.
Leonardo ajeitou o colete tático por baixo da camisa preta e ajustou o ponto no ouvido. Estava focado, com o olhar frio, o maxilar travado. Ao lado dele, Théo terminava de verificar a arma não letal que carregava, caso precisassem agir.
Matias observava tudo em silêncio, atento a cada movimento, conectado com os agentes posicionados à distância, que transmitiam imagens em tempo real.
— Estão a caminho — avisou um dos detetives infiltrados, com a voz baixa no rádio. — O carro de Luigi já dobrou a esquina. Muniz chegou cinco minutos antes, está dentro do galpão esperando.
Leonardo apertou o punho.
— Que comece o fim — murmurou.
Théo sorriu de canto, os